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Rui Moreira (Director Geral da Porlogis) em entrevista ao Insight (revista MBS Group) aborda o momento actual da empresa e “novo Centro Logístico”

 

MBS Insight: Dr. Rui Moreira, como evoluiu a situação económica em Portugal nos últimos anos?

Rui Moreira: A situação económica em Portugal começou a recuperar a partir de 2008, altura em que os dados orçamentais e a divida publica estavam em níveis dramáticos. Para piorar a conjuntura, o número de desempregados ultrapassava os 700.000. Depois da recessão Portugal mudou de estratégia, tornando-se mais arrojado, no sentido de ultrapassar o estado de pobreza em que se encontrava. Mais recentemente, vivemos uma situação económica mais estável e positiva: PIB aumentou 0,9% em 2014 e cerca de 1,5% em 2015.

Como sabemos, Portugal – um país com grande volume de exportação – era um dos maiores produtores para a Europa de produtos low cost. Nos últimos anos, com o incentivo à exportação de produtos tradicionais como sapatos, têxteis, cerâmicas, produtos de cortiça e madeira, os conhecidos produtos low cost “transformaram-se” em bens de qualidade e valor acrescentado. As exportações aumentaram 3,6% em 2014 e 5,1% em 2015. A tendência este ano é também positiva ainda que a menor ritmo.

Em paralelo as importações baixaram. As dificuldades económicas que se fizeram sentir obrigaram o Governo português a medidas mais radicais como redução de salários e redução de investimento. Estas medidas estão a começar agora a dar frutos e o nível das importações começa lentamente a crescer.

Os últimos anos não foram fáceis para o negócio da Porlogis. Com a elevada redução das importações perdemos algum negócio na Logistica e actividades de armazém em geral. O balanço entre as importações e exportações resultou num forte movimento de exportações e ao mesmo tempo as importações deixaram de ser regulares. Esta situação gerou custos de produção maiores e redução nas margens.

 

MBS Insight: A difícil situação económica dos últimos anos influenciou o negócio da Porlogis? Qual a estratégia para ultrapassar estes anos difíceis e fazer a empresa crescer como acontece actualmente?

Rui Moreira: Sim, realmente estes anos mais difíceis influenciaram o nosso negócio. Fomos forçados a adaptamo-nos as circunstâncias e a desenvolver estratégias de negócio diferentes para compensar o desequilíbrio entre as importações e as exportações.

Com a ajuda da prestação de serviços especializados e “à medida do cliente” fomos respondendo às necessidades do mercado. Para lhes dar um exemplo destes serviços de sucesso: viajamos por todo o mundo juntamente com os produtores nacionais para a promoção dos vinhos portugueses. Este negócio exige muita experiência e dedicação dos nossos colaboradores. O volume de negócios dos vinhos ajudou-nos a compensar a redução das margens e a manter o prestígio de Portugal na indústria dos vinhos. No último mês de Março realizou-se o maior e mais importante evento de vinhos do Mundo em Dusseldorf – Prowein - e a Porlogis, juntamente com a MBS Logistics, foi parceiro logístico de cerca de 300 produtores portugueses que participaram na feira.

Por outro lado, o nosso departamento overseas- transporte aéreo e marítimo- juntamente com a rede de parceiros da WCA têm gerado novas oportunidades e, consequentemente, este negócio tem crescido nos últimos anos.

Desde que nascemos em 2002 que, juntamente com a MBS, temos alcançado resultados positivos e de constante crescimento.

 

MBS Insight: Recentemente a economia portuguesa começou a crescer e também a Porlogis está a investir no futuro. Pode falar-nos nos novos projectos?

Rui Moreira: Exacto. A Gestão desta casa sempre manteve o foco no futuro da empresa e do seu negócio. Acreditamos firmemente na nossa equipa motivada e profissional. Os nossos colaboradores/colegas são o nosso activo mais forte e valioso. São a chave do nosso sucesso. Juntamente com os nossos sócios estamos a construir um negócio de sucesso e rede de contactos competitiva.

Os principais pilares da estratégia da Porlogis assentam na disponibilidade, fiabilidade, comprometimento e um nome forte no mercado. Como parte da política da empresa, somos certificados pela ISO 9001 e, através de questionários anuais, medimos o nível de satisfação dos nossos clientes.

Há 10 anos que a Porlogis está representada na Associação de Transitários de Portugal (APAT) como membro da Direcção e do Conselho Fiscal. Adicionalmente, fomos distinguidos com o estatuto de PME Líder e PME Excelência – atribuídos pelo Governo às pequenas e médias empresas com base em critérios de eficiência financeira e económica.

Mais recentemente, o grande projecto da Porlogis passa pela aquisição de novas instalações para optimizar as condições de trabalho aos nossos colaboradores e a qualidade na prestação de serviços aos nossos clientes.

                                    

MBS Insight: O que espera alcançar com as novas instalações da Porlogis? Quais devem ser as prioridades?

Rui Moreira: O novo “Centro Logístico da Porlogis” está actualmente em construção. Este é um passo muito importante para a concretização dos nossos objectivos. Estamos focados num futuro sustentado com custos fixos controlados e competitivos para poder gerar mais negócio.

As novas instalações têm cerca de 6.000m2: os escritórios serão cerca de 350 m2 e o armazém 2000 m2. Vai ter 5 rampas de carga e outras estruturas flexíveis que permitirão trabalhar até 10 camiões ao mesmo tempo.

Na nossa opinião, a localização do no centro logístico é a ideal: perto do actual armazém, a cerca de 1 km do aeroporto do Porto e aproximadamente 5 km do Porto de Leixões. As obras do novo edifício começaram em Abril 2016 e acreditamos que estarão terminadas até ao final do ano.

 

MBS Insight: Quais são os objectivos da Porlogis para o futuro?

Rui Moreira: Três orientações foram definidas na última reunião de sócios para um futuro de sucesso:

- Manter estrutura económica sólida e forte que sustente a capacidade de gerar resultados positivos;

- Garantir o autofinanciamento, para podermos de forma independente levar a cabo os nossos investimentos;

- Planear, com rigor e criatividade, para podermos influenciar positivamente os objectivos futuros.

Eu acredito que o caminho percorrido e a nossa experiência passada justificam a confiança num futuro de sucesso para a Porlogis.

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